domingo, 25 de maio de 2008

História do Carimbó







A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses.

Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano.

Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.


Coreografia:

A dança é apresentada em pares. Começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o centro. Quando a música inicia os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente os pares se formam, girando continuamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio. Nesta parte observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante.

As mulheres, cheias de encantos, costumam tirar graça com seus companheiros segurando a barra da saia, esperando o momento em que os seus cavalheiros estejam distraídos para atirar-lhes no rosto esta parte da indumentária feminina. O fato sempre provoca gritos e gargalhadas nos outros dançadores. O cavalheiro que é vaiado pelos seus próprios companheiros é forçado a abandonar o local da dança.

Em determinado momento da "dança do carimbó" vai para o centro um casal de dançadores para a execução da famosa dança do peru, ou "Peru de Atalaia", onde o cavalheiro é forçado a apanhar, apenas com a boca, um lenço que sua companheira estende no chão. Caso o cavalheiro não consiga executar tal proeza sua companheira atira- lhe a barra da saia no rosto e, debaixo de vaias dos demais, ele é forçado a abandonar a dança. Caso consiga é aplaudido.

1968 : Vinte anos depois






O jornalista e escritor brasileiro Zuenir Ventura produziu o livro chamado “1968 – o ano que não terminou” em 1988. Com uma análise aprofundada dos acontecimentos daquele ano, o autor relata, capítulo a capítulo, os bastidores de um ano de revoluções de idéias postas em prática em todas as áreas da vida em sociedade.

Pelo mundo passeatas em Paris, movimentos estudantis no México, assassinatos nos EUA de grandes ícones da sociedade, tudo isso fez parte do cenário apocalíptico de 68. No Brasil: movimentações estudantis que protestavam contra o regime militar formaram o contexto no qual ocorreram muito mais mudanças sociais do que políticas.

O 1968 brasileiro começa sua caminhada rumo à revolução social . Artistas, escritores, jornalistas e pensadores da época estavam presentes e poucos lembram, sobriamente, dos acontecimentos. Se soubessem que aquele rito de passagem representava, de certa forma, o que aconteceria naquele ano, com certeza muitos prefeririam estar sóbrios para lembrar de cada momento da festa. As idéias que fervilhavam nas mentes que por ali passaram foram as mesmas que levaram os jovens às ruas.

Cansados do regime militar, da opressão, da cultura autoritária dentro da família, os jovens queriam revolucionar. Levantaram a voz e foram às ruas na conhecida “Passeata dos 100 mil”, protesto por causa da morte do estudante secundarista Edson Luís, morto num confronto entre policiais e estudantes no Rio. Após este fato, a sociedade sensibilizou-se com as reivindicações da classe estudantil.

Desde então, desencadeou-se uma série de outros acontecimentos. Uns foram maiores. Outros, menores. Mas, todos ligados a esse espírito revolucionário, com um desejo profundo de mudar o país para melhor e libertar as pessoas da opressão, tanto social quanto familiar. As mulheres foram em busca de liberdade e independência.

Os homossexuais, em busca de afirmação social. Os jovens queriam mais liberdade em todas as áreas da vida. O ano termina com a instituição do AI-5 e muitos dos que estavam no réveillon da Helô foram presos, torturados e exilados. Inclusive, o autor.

Nesta obra, Ventura consegue retratar com riqueza de detalhes a visão dos que participaram ativamente deste processo marcante em 68. Depoimentos e documentos oficiais (inclusive, da CIA) embasam este romance histórico, publicado 20 anos depois. Como testemunha e agente daquele ano, o autor nos traz uma leitura leve e interessante, buscando priorizar os depoimentos a fim de reconstruir melhor essa caminhada textual de um ano que foi vivido intensamente, por ele mesmo e por tantos outros que, hoje, já não precisam temer sair às ruas e dizer o que pensam.

Hoje, possuem a liberdade que tanto desejavam. Uma pena que não seja a oitava maravilha do mundo, como os jovens imaginavam naquela época.

1968 - "Êxtase da História ''









O ano de 1968 foi um grande marco na historia do Brasil e do mundo .Várias revoluções estourando e a Guarra do Vitña e também insatisfação juvenil.

Numa entrevista com o filósofo Jean-Paul Santre.que estava presente nos acontecimentos de "1968" em Paris ,confessou,que dois anos depois “ainda estava pensando no que havia acontecido e que não tinha compreendido muito bem: não pude entender o que aqueles jovens queriam...então acompanhei como pude...fui conversar com eles na Sorbone, mas isso não queria dizer nada” (Situations X).

1968 tornou-se um ano mitio,pois foi o ponto de partida para as tranformações políticas,éticas,sexuais e comportamentais,pois afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversivel.Pois seria o grande marco para os movimentos ecologistas ,feministas,das organizações não -governamentais (ONGs) e dos direitos humanos,pois isso frustrou muita gente na época.

O ano foi também uma reação extremada juvenil,pois ás pressões de mais de vinte anos de Guerra Fria ,e uma rejeição aos processos de opinião pública,incutindo os valores capitalismo,e,simultaneamente,um repúdio ao fato do socialismo real,vigente no leste Europeu,e entre os PCs europeus ocidentais,vistos como ultrapassados.

No Brasil o ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968,durante o governo do general Costa e Silva ,e foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira(1964-1985).E isso vigorou até em dezembro de 1978 que produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros.Pois definiu o momento mais dificil do regime ,dando o poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do tal regime.

Ética e Responsabilidade Jornalistica






A ética jornalistica e a responsabilidade motivam as ações para a prática do bem e,assim,analisamos o problema do comportamento moral do indivíduo dentro da sociedade.

Encontrar um culpado no caso de irresponsabilidade no jornalismo parece ser umimpasse,pois,ao mesmo tempo ,o jornalista é o autor do erro e o meio da comunicação tem responsabilidade quanto ao material publicado.A responsabilidade jornalistica é de quem escreve a nóticia mas também do veículo que a publica.

O dever ético dos jornalistas é livremente assumido e reconhecido,a ética dos jornalistas assenta na assunção de que o jornalista pode escolher entre diferentes modos de agir.A posibilidade de escolha implica liberdade.

Se o jornalista for forçado a escrever de uma certa maneira,estará a ser amoral e a liberdade está validamente ligada quando assenta na ética e na responsabilidade social.

Para os jornalistas,o comentario de liberdade de expressão e de serviço público está ligeiramente deturpado em relação dos valores,e estamos num país que mal lê jornais e,às vezes,quando lêem só alguns cadernos ou reportagens.Mas já é bom.Pelo menos pegam o jornal.

O problema eatá na liberdade.Não temos leitores pois ter de recorrer a meios que chamam mais a atenção e que,às vezes,até saem um pouco do assuno mas fazer o quê,se o dever dos jornalistas é dar a matéria para o público e tentar chamar a atenção de todos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

História do JAZZ DANCE






No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde.

As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas, as valsas e as quadrilhas, e os negros os imitavam para ridicularizá-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura européia, e misturando um pouco com as danças que conheciam, utilizando instrumentos de sua cultura. Dessa forma, surgiu o jazz, que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.

Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar insurreições (revoltas) dos negros. Assim, para executar suas danças, eles foram obrigados a improvisar com outras formas de som, como palmas, sapateados, e o banjo. Mais uma vez, a dança dos negros dava um salto, aproximando ainda mais com o jazz que conhecemos atualmente.

No início deste século, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões, e a sofrer novas influências: do can-can e do charleston, principalmente. Logo, essa dança que se pode até chamar de "mista", tomou conta dos palcos da Broadway, se transformando na conhecida comédia musical que, por sua vez, é o segundo nome dado à dança mais conhecida como jazz.

Modern Jazz Dance, Soul Jazz, Rock Jazz, Disco Jazz, Free Style e Jazz, são algumas das designações que hoje em dia vão sendo utilizadas para denominar os numerosos aspectos de que se reveste esta forma de expressão artística. No Brasil além destas designações, a generalização, tem sido freqüentemente exagerada a ponto de considerar determinadas formas de ginástica ou atividade física, englobadas no mesmo termo.

Jack Cole, é por alguns considerado o pai da dança Jazz, foi um dos primeiros a interagir fundamentos da Dança Moderna e sua técnica de isolamento das partes do corpo. Sua técnica viria a influenciar toda uma geração como Matt Mattox, entre outros.

O jazz tem certas características marcantes, incluindo a isolação, uma explosão de energia que se irradia dos quadris e um ritmo pulsante que dá o balanço certo e a qualidade do movimento. O comentário artístico e crítico, entretanto, geralmente acha o jazz uma dança de pouco valor coreográfico, por ser uma mistura de vários estilos pessoais derivados de um processo de improvisação, que organizados formam uma coreografia.

As diferentes técnicas do Jazz, tem demonstrado que muitos princípios foram herdados do Ballet Clássico e da Dança Moderna, e alguns professores tem divulgado e desenvolvido seus métodos de fundamentação técnica para a formação do bailarino cada vez mais ecléticos. Poucos sabem qual será o futuro e suas novas influências, mas o que se pode afirmar é que até hoje, o Jazz tem sido uma das formas mais importantes da expressão artística.